Pelo décimo quarto ano consecutivo a Associação Comunitária Alzira do Conforto...

... realiza, no mês de agosto, a Caminhada Azoany, evento realizado no dia de comemoração a São Lázaro, que consiste em um cortejo com saída do Pelourinho até a Igreja de São Lázaro, no Bairro da Federação, momento onde os adeptos da religião de Matriz Africana, (candomblé) agradecem ao Orixá, Inkisse.

Azoany, com é conhecido no Jejé, é o Deus de saúde e morte, o Orixá, Inkise que esta em plena consonância e contato com a humanidade, buscando através do dia a dia a solução de problemas que atingem a matéria humana.

No dia 16 de agosto de 2012 completou 14 anos que um grupo de pessoas ligadas ao Candomblé e a Igreja Católica, resolveram partir do Pelourinho em direção a Igreja de São Lázaro, para comemorar o dia de São Lázaro e Azoany (Omolú, Obaluaê), para reverenciar e cumprir promessas em agradecimento. Atotô, Obaluaê!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Carnaval 2008






















sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Baianos celebram Azoany e São Lázaro, em Salvador


Por Edinei Dantas

Mais um ano de sucesso da Caminhada Azoany, em sua XIV edição, graças aos orixás que receberam de bom grado todas as homenagens e a você que se vestiu de branco e juntou-se a nós naquela belíssima festa. Nossos agradecimentos a todos que participaram da organização do evento e das celebrações. Obrigado aos policiais militares de serviço, nos dando apoio e proteção em todo momento, bem como ao comando do 18° BPM pela presteza nas ações e aos agentes da Transalvador pelo controle e ordenamento do tráfego.
Outra vez milhares de pessoas, católicas e do axé, renderam graças, nesta quinta, 16, a quem vem concedendo abundante graça no curso de nossas vidas. Ano que vem estaremos juntos novamente. AXÉ!







quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Caminhada para celebrar o Dia de São Lazaro e Azoany

Por Edinei Dantas

Acontece hoje, 16, a partir das 10 horas, a 14ª edição da Caminhada Azoany, quando cerca de 3000 adeptos da religião de Matriz Africana (candomblé), agradecem ao Orixá Inkisse, em cortejo do Pelourinho até a Federação, na Igreja de São Lazaro, Santo homenageado nesta data. Quem quiser se padronizar pode trocar uma lata de leite pela camisa do evento, na sede da Associação Comunitária Alzira do Conforto, à Rua das Laranjeiras, nº14, no Pelourinho.

Azoany, como é conhecido no Jejé, é o Deus de saúde e morte, o Orixá Inkisse, que está em plena consonância e contato com a humanidade, buscando através do dia a dia a solução de problemas que atingem a matéria humana. No dia 16 de agosto de 1999 a Associação Comunitária Alzira do Conforto reuniu um grupo de pessoas ligadas ao Candomblé e à Igreja Católica, a fim de comemorar o dia de São Lázaro e Azoany (Omolú, Obaluaê), para reverenciar e cumprir promessas em agradecimento.
Além da Caminhada a instituição realiza seminários em todas as edições, discutindo assuntos relacionados à religiosidade, buscando com isso encontrar caminhos que fortaleçam a religiosidade em nosso estado.

Programação:

 - 10 Horas - Missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

- 12 Horas – Concentração na Rua das Laranjeiras, próximo ao Projeto Axé do Pelourinho e caminhada até a Igreja de São Lázaro, na Federação.

- 14 Horas – Saída do Cortejo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sua boa ação vale uma camisa!


14ª CAMINHADA AZOANY

Caminhada
Dia 16 de agosto
09:00hs. Missa na Igreja do Rosário dos Homens de Preto.Largo do Pelourinho.
Concentração: 11:00hs. na Rua das Laranjeiras - proximo ao projeto Axé –  saída ás 13:00hs. com o Afoxé Mojubá.

Camiseta
  A Troque uma camisa por uma  lata de leite de 400g. no dia 12 á 15 de agosto, no horário das 09:00hs ás 12:00hs. e das 14:00hs ás 18:00. Local: Rua das Laranjeiras nº 14  - Pelourinho.

 Informações: (71) 3497-2701 9623-3554
e-mail: alziradoconforto@hotmail.com
caminhadaazoany.blogspot.com

Caminhada Azoany 1999/2012

No ano de 1999, a Associação reuniu o povo de Santo da Bahia e deu inicio a uma das mais tradicionais manifestações e crescente na Bahia – Surgia a Caminhada Azoany, uma referencia ao Orixá/Inkisse da religião Afro Brasileira – O poderosíssimo Omolu Obaluaé.
Atualmente estamos na XIV edição do evento, que já reúne cerca de 3000 pessoas que caminham do Pelourinho até a Igreja de São Lázaro, vestidos de Branco, reverenciando a Orixá/Inkisse, agradecendo as conquistas adquiridas através da fé que a ele é referenciada.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sobre a tentativa de expulsão do Quilombo Rio dos Macacos, Bahia

PR – Adeptos das Religiões Afro-Brasileiras denunciam Intolerância Religiosa


Nelson Figueira
Seguidores das religiões do candomblé e da umbanda denunciam que estão sendo alvos de intolerância religiosa. Centros têm sido apedrejados durante as celebrações, pessoas, até mesmo armadas, ameaçam invadir os templos, e fiéis e mães e pais de santo são xingados.
A violência atinge graus diversos como a colocação de faixas em frente aos centros e até mesmo invasões e ataques. O último registro de intolerância aconteceu entre a manhã e a tarde de terça-feira, 7, no Ijoba Ase (axé) Baru, centro de candomblé no Jardim Canadá.
Os invasores não apenas invadiram o local como escreveram no chão, tomaram bebidas, fumaram, comeram, jogaram alimentos pelo chão, abriram armários e roubaram jóias e dinheiro
Fonte: 
http://religioesafroentrevistas.wordpress.com/2012/08/12/pr-adeptos-das-religioes-afro-brasileiras-denunciam-intolerancia-religiosa-2/

Mostra das Culturas Populares e Tradicionais Paulistas: uma boa oportunidade de conhecer a cultura popular paulista


A Mostra das Culturas Populares e Tradicionais Paulistas que acontece nos dia 24, 25 e 26 de agosto no SESC Pinheiros, comemora os dez anos do Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais
Organizada pelo Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais em parceria com a Gerência de Programas Socioeducativos do SESC SP, a Mostra das Culturas Populares e Tradicionais Paulistas reunirá no mesmo cortejo jongueiros, Congos, festeiros, moçambiques, catiras, músicos, agentes e artistas populares paulistas em três dias de festas, rodas de conversa e oficinas de danças. Os debates incluem temas como Patrimônio Imaterial, Políticas Públicas e Saberes Tradicionais e mantém a “tradição” do Fórum de articulador dos atores, produtores e artistas populares com a assembleia que acontece no dia 26 de agosto, domingo, a ideia é discutir novas ações e o projeto do Encontro de Culturas Populares e Tradicionais em 2013.
Além das oficinas de Danças, acontecerá a oficina de Capacitação de mestres e lideranças comunitárias para a apresentação de propostas aos órgãos financiadores das atividades culturais. Mais de 350 brincantes participarão do evento possibilitando a integração do público com as festas, cortejos e danças populares brasileiras!
Um pouquinho da história do Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais
O Fórum iniciou atividades em 26 de agosto de 2002 e, desde então, participou, em âmbito estadual, da construção do Fundo Estadual de Arte e Cultura, posteriormente batizado de Plano de Ação Cultural (ProAC), participando também do Fórum de Entidades Culturais do Estado de São Paulo.
Realizou ações de capacitação das comunidades tradicionais para a participação mais efetiva e qualitativa em processos de seleção pública e como protagonistas das políticas que os afetam. Esse foi o objetivo das oficinas de Elaboração de Projetos Culturais realizadas em 2006 (ProAC 17 – Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo), e de 2007 a 2009 nas oficinas do ProAC – Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e dos Prêmio Culturas Populares/MinC. Tem colaborado com a criação de fóruns regionais em diversos estados. A partir de outubro de 2011, o Fórum passou a atuar em todo o território brasileiro.
Em âmbito nacional, o Fórum articulou a realização do I Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares juntamente com o Fórum de Culturas Populares, Indígenas e Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro e a então nascente Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) do Ministério da Cultura. Este seminário contou com alto grau de participação popular na construção de diretrizes para o segmento, tornando-se referência para a construção de projetos, programas e ações governamentais, como o Prêmio Culturas Populares.
MOSTRA DAS CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS PAULISTAS
Programação
24 de agosto – sexta-feira
17h às 18h – Intervenção urbana na Praça Padre Septímio Ramos Arante em cortejo até o SESC Pinheiros:
Apresentação de sete grupos da cultura popular brasileira: Congada de Sta. Efigênia (Mogi das Cruzes/SP), Cia. de Moçambique Unidos de São Benedito do Parque Bandeirantes (Taubaté/SP), Folia de Reis Estrela do Oriente (São Paulo/SP), Samba de Bumbo Vovô da Serra Japi (Pirapora do Bom Jesus/SP), Maracatu Porto de Luanda (São Paulo/SP), Congada Divino Espirito Santo (Mogi das Cruzes/SP), Cia Caracaxá (São Paulo/SP).
18h30 – Apresentação do Toré Pankararu
Local: Praça do Sesc Pinheiros
19h às 19h20 – Abertura com Danilo Santos de Miranda e Marcelo Manzatti
Local: Ginásio 7º andar SESC Pinheiros
19h20 às 20h30
Mesa de abertura – Encontro de Saberes com Mestre Alcides de Lima e Alberto Ikeda
Local: Ginásio 7º andar SESC Pinheiros
20h às 21h30 – Grupo Folias e Folguedos – Inimar dos Reis
Local: Arena no 7º. Andar
25 de agosto – sábado
10h30 às 12h
Local: Ginásio 7º andar
Oficina de Capacitação Ginásio de mestres e lideranças comunitárias para a apresentação de propostas aos órgãos financiadores das atividades culturais com Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais (FCPT).
10h30 às 12h
Local: Espaço Mosaico
Oficina Brincando com Dança com Vera Athayde, Kelly Soares e Paulo Gonçalves.
14h às 16h
Local: Ginásio 7º andar
Roda de Conversa – Políticas Públicas para as Culturas Populares e Tradicionais
FCPT, Ministério da Cultura, Secretaria de Estado da Cultura, Secretaria Municipal da Cultura. Mediação Tião Soares
15h30 às 17h
Local Ginásio Topázio – 5º andar
Oficina Brincando com Dança com Vera Athayde, Kelly Soares e Paulo Gonçalves.
16h às 19h30
Local: Praça SESC Pinheiros
Apresentações: Favoritos de Catira (Guarulhos/SP) e Edson Alves Fontes, Congada de São Benedito do Belém (Taubaté/SP), Samba Lenço (Mauá/SP) e Batuque de Umbigada (Piracicaba, Tiête e Capivari/SP)
26 de agosto – domingo
10:30h às 12h
Local: Arena no 7º. Andar
Roda de conversa – Patrimônio Imaterial com Gil do Jongo, Julio Moracen Naranjo e Marcelo Manzatti
10h às 12h
Local: Espaço Mosaico
Oficina Brincando com Dança Vera Athayde, Kelly Soares e Paulo Gonçalves.
13h às 15h
Local: Ginásio 7º andar
Assembleia do Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais – FCPT
15h às 16h30
Local: Praça SESC Pinheiros
Apresentação dos integrantes da Oficina Brincando com Dança
16h30 às 19h
Local: Pça SESC Pinheiros
Apresentação do Cambaiá – Cia. De Moçambique de São Benedito (São Paulo/SP) e Jongo de Embu (Embu das Artes/SP)
SERVIÇO – MOSTRA DAS CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS PAULISTAS
Temporada: de 24, 25 e 26 de agosto. Sexta, sábado e domingo
Local: diversos espaços (consultar programação)
Entrada Gratuita.
SESC Pinheiros: Rua Paes Leme, 195.
Para informações sobre outras programações www.sescsp.org.br
Enviada por Marcelo Manzatti.

MPF denuncia tripulação de navio por crimes de racismo, tortura e tentativa de homicídio


Réus agrediram e lançaram ao mar um camaronês que entrou clandestinamente na embarcação, em junho deste ano
O Ministério Público Federal (MPF) em Paranaguá denunciou os 19 tripulantes do navio MV SEREF KURU, de bandeira maltesa, por tortura, racismo, e tentativa de homicídio. A tripulação é acusada abandonar o camaronês Wilfred Happy Ondobo em alto-mar. O crime aconteceu em junho deste ano.
O camaronês entrou clandestinamente no navio no Porto de Douala (Camarões). Em depoimento, Ondobo afirmou que foi agredido verbal e fisicamente, além de ter sido privado de sono e mantido em uma pequena cabine, antes de ser obrigado a sair do navio, em mar aberto. O homem permaneceu à deriva em um pallet (estrutura de madeira usada no transporte de cargas) por cerca de 11 horas, até ser resgatado por um navio que vinha do Chile. O fato teria ocorrido a aproximadamente 8 milhas náuticas (quase 15 quilômetros) da costa brasileira.
Ondobo contou, em depoimento, que permaneceu escondido por oito dias até que sua comida e água acabassem. Quando foi descoberto, disse que levou chutes no peito e tapas no rosto, chegando a ficar desacordado. Segundo ele, um dos agressores disse que “não gostava de preto” e que para ele “todos são animais”. Ao longo da viagem, o clandestino recebia duas refeições diárias e, à noite, alguns tripulantes batiam na porta e na janela para evitar que ele dormisse. Depois de 11 dias no navio, por volta das 19h, o camaronês recebeu uma lanterna e 150 euros da tripulação e foi obrigado a sair do navio.
Em um primeiro momento, a tripulação do navio negou que tivesse ocorrido qualquer episódio envolvendo um clandestino a bordo. No entanto, em buscas e apreensões realizadas a pedido do MPF e autorizadas pela Justiça, foram arrecadados vários elementos que indicam a presença do camaronês no navio, tais como a compatibilidade da descrição de detalhes do interior da embarcação e, ainda mais contundente, a localização e apreensão de uma fotografia que a vítima escondeu com objetivo de comprovar sua permanência no local.
A tripulação do navio ainda está proibida de deixar Paranaguá, sob a vigilância da agência marítima.
http://www.bemparana.com.br/noticia/226528/mpf-denuncia-tripulacao-de-navio-por-crimes-de-racismo-tortura-e-tentativa-de-homicidio

domingo, 12 de agosto de 2012

Aluno branco de escola privada tem nota 21% maior que negro da rede pública


Carlos Lordelo, Davi Lira, Ocimara Balmant e Paulo Saldaña –  O Estado de S.Paulo
Recorte inédito de dados de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 nas capitais do País, além de confirmar a distância entre as notas médias dos estudantes de colégios particulares e os de escolas públicas, revela o abismo que separa estudantes brancos e negros das duas redes.
Os números mostram que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame são, em média, 21% superiores às dos negros da rede pública – acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública. O levantamento também aponta distorções entre os Estados. De acordo com especialistas, esse cenário é o reflexo da desigualdade social e também da diferença dos níveis de qualidade das redes estaduais.
A reserva de vagas por cor de pele está na Lei de Cotas aprovada no Senado na semana passada. O projeto, que precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, prevê que 50% das vagas das universidade federais sejam reservadas para alunos da escola pública – respeitando critérios de renda e reservas proporcionais por Estado para pretos, pardos e indígenas.
Como a maioria das federais adota o Enem como critério de seleção, o levantamento indica um cenário aproximado sob a nova Lei das Cotas.
Vantagem da escola paga. Por sua vez, a nota média de negros que estudam em escola privada é 15% superior às dos negros da rede pública – próxima dos 17% entre todos os estudantes da rede particular e da rede pública.
Embora em menor dimensão, a variação de desempenho entre negros e brancos dentro da escola pública também é desvantajosa para o primeiro grupo. Na média, os brancos têm médias 3% maiores que os negros. O fato de os negros terem rendimento menor do que os brancos, mesmo dentro da rede pública, tem explicações econômicas e pedagógicas, segundo a diretora do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Na questão econômica, segundo ela, a explicação é que “entre os pobres, os negros são os mais pobres”. O lado pedagógico refletiria a baixa expectativa. “Em uma sala de aula, se uma criança negra começa a apresentar dificuldade, a professora desiste de ensiná-la muito mais rapidamente do que desistiria de um estudante branco.”
O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), José Fernandes Lima, ressalta que há um “acúmulo de desigualdades”. “Fica claro que temos dois tipos de desigualdade: a social e racial. É a soma de dificuldades”, afirma ele, que defende a combinação do fator racial com a cota cujo princípio é a escola pública. “Se os alunos da escola pública entram em desvantagem com a rede privada, os alunos negros da escola pública têm uma desvantagem ainda maior.”
Abismos
Segundo Lima, há outros fatores importantes para entender os dados, como a qualidade das redes públicas – principalmente estaduais -, índices de reprovação e até realidades culturais locais.
Essa complexidade de fatores fica clara ao analisar os dados por capitais. O mapa do desempenho pelo fator racial mostra verdadeiros abismos. O negro de Belo Horizonte que estuda em escola pública, por exemplo, tem nota 12% superior à do negro da mesma rede em Manaus. As duas cidades têm os extremos de notas desse grupo: 521,03 e 463,85, respectivamente.
Vitória, capital capixaba, tem uma média de 502,59 nas provas objetivas (sem a redação) dos estudantes negros, a sexta maior entre as capitais. Mas na comparação com os alunos brancos de escolas particulares, a diferença é a maior de todas: os brancos da rede privada têm média 27% superior à dos negros das públicas.
Não por acaso, os negros de escolas públicas de Vitória têm o pior desempenho na comparação com os brancos da mesma rede: nota 8% inferior, demonstrando que as diferenças raciais se reforçam até na mesma realidade escolar daquele Estado. Os negros das escolas particulares não têm o mesmo sucesso em notas que os brancos da mesma rede.
A proporção de negros por Estado, que vai servir como critério para a reserva de vagas nas universidades e escolas técnicas federais, influencia as médias. Salvador, por exemplo, tem uma das maiores proporções de negros na sua população. Apesar da participação maciça desse grupo na escola pública, a diferença de nota para os brancos de escolas privadas bate em 25% – só perde para Vitória.
Textos
Em geral, as diferenças de desempenho entre negros e brancos sempre são menores nas notas das redações. Em Florianópolis, considerando a parte objetiva do Enem, há uma distância de 20% entre a nota média de negros de escolas públicas e a de brancos das particulares. Na redação, essa diferença cai para 8%.
Segundo o professor Francisco Platão Savioli, da USP e do Anglo, a explicação envolve os tipos de competências que a redação consegue avaliar. “A redação não mede um conhecimento momentâneo, mas um conhecimento calcado na experiência de vida, até mesmo na luta contra as contrariedades”, diz ele. “O texto avalia competências que outras matérias não avaliam.”
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,aluno-branco-de-escola-privada-tem-nota-21-maior-que-negro-da-rede-publica-,915263,0.htm. Enviada por José Carlos.