Nos últimos dias o Coletivo de Entidades Negras, através de sua coordenação no estado do Maranhão, tornou público para o país inteiro o caso de racismo praticado por um professor contra um aluno oriundo de um país africano.
O caso tomou proporções e já há manifestações francamente favoráveis ao afastamento do professor. Como um caso específico, o Coletivo de Entidades Negras, organizações nacional do Movimento Negro, acredita ter cumprido seu papel ao denunciar, acompanhar e oferecer soluções para mais um caso triste neste que ainda é dito como o país do «racismo cordial», como se discriminar alguém por sua origem ou cor de pele pudesse minimamente ser cordial.
No entanto, sabemos que este não é um caso isolado. Todos os dias, milhares e milhares de alunos negros, em escolas públicas ou particulares, nos ensinos fundamental, médio e superior, são discriminados por outros alunos, por professores e funcionários das instituições de ensino. O racismo, infelizmente, está presente no cotidiano escolar e é responsável direto pelo alto índice de evasão escolar.
O bullying agora tão decantado como a discriminação de qualquer tipo praticado nas escolas, sempre teve seu lado mais agravado pelo racismo e o que vemos no caso da UFMA, neste momento, é exatamente isso. O racismo sem disfarce, sem ser cordial, sendo cruel, penetrante e visceral.
A dor do jovem Nuhu Ayuba, é hoje a dor de todos nós, negros e negras e o Coletivo de Entidades Negras se solidariza com essa dor e exige das autoridades o afastamento do professor e o encaminhamento do caso à Justiça.
Atenciosamente,
Coordenação Nacional do Coletivo de Entidades Negras
Clique aqui para assinar a Petição Online