terça-feira, 13 de julho de 2010

Diretor da Cufa opina sobre o Estatuto


"A situação das favelas de todo o Brasil, das comunidades de periferia, apesar da mobilização que hoje se constata, ainda reflete a condição do negro no Brasil. O Estatuto da Igualdade Racial não me contempla completamente, porém, reconhecer sua plena importância, fruto de tantos debates e pautas relevantes e, claro, negociações jamais experimentadas, nos coloca hoje em outro nível de discussão e prontos para novas e definitivas conquistas. Essa lei que vai definir direitos para uma parcela da população destituída de direitos, oportunidades, vítima da violência e sem condições mínimas de sobrevivência, vem somar-se a esta luta. Dá força a ela, na condição de um documento importante. Mas a transformação concreta da sociedade brasileira, no que se refere à discriminação racial e social sofrida diariamente pelos negros e pobres, no mercado de trabalho, nas relações pessoais, assim como às injustiças de toda a ordem que fazem parte do cotidiano da população negra, só vão acontecer se a própria sociedade endossar a nova lei. E lutar para que ela seja cumprida, aperfeiçoada, transformada em realidade."



Comunicação Social/SEPPIR.